sexta-feira, 28 de junho de 2013

Talha-mar

O Talha-mar (Rynchops niger) é conhecido também como Corta-água, Talha-mar-preto, Corta-mar, Bico-rasteiro, Gaivota-de-bico-tesoura e Paaguaçu.

Características: Mede cerca de 50 cm de comprimento. Vive cerca de 20 anos.



Distribuição Geográfica:
Presente nos grandes rios e lagos do Brasil, sendo encontrado na costa durante as migrações. Ocorre ainda desde os Estados Unidos até a Terra do Fogo, na Argentina.

Ocorrências no WikiAves

Habitat: Habita praias de grandes rios e lagos, estuários e praias ao longo da costa. Vive em grupos maiores apenas durante o período reprodutivo, e aos pares ou em pequenos grupos, fora deste. Frequentemente é visto descansando nas praias em meio a outras espécies, como gaivotas e trinta-réis.
Reprodução: Faz ninho em colônias, escavando um buraco na areia em praias de grandes rios da Amazônia e do Centro-oeste. Põe de 2 a 4 ovos amarelados, manchados de marrom escuro, principalmente na extremidade maior, que incuba por 21-26 dias. A captura de ovos pelo homem representa uma ameaça às colônias de algumas regiões acessíveis.
Alimentação:  Pesca geralmente durante o crepúsculo e à noite, voando rente à água e com a parte inferior do bico mergulhada, como se estivesse arando. Captura peixes e camarões próximos à superfície, sem jamais mergulhar a cabeça.


Para saber mais: Talha-mar
Pode ser encontrado o ano todo no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, do Setor Véia Terra ao Sul do Parque
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Coruja-de-igreja

Coruja-das-torres, coruja-da-igreja, rasga-mortalha (Maranhão, Pernambuco) ou suindara, é uma espécie de coruja muito comum no Brasil, bastante conhecida por nidificar em torre de igrejas e locais habitados (razão de um de seus nomes comuns).
Está entre as aves mais “úteis” do mundo, no que se refere à economia do homem, pois consomem muitos roedores, principalmente nas proximidades de habitações humanas.

Características: É uma espécie muito especializada, caça suas presas localizando-as principalmente pela audição. Possui dois discos faciais bem destacados, em forma semelhante a um coração, que ajuda a levar o som até a entrada dos ouvidos externos. Essa é uma estruturação única, separando-a das demais corujas em uma família especial, a Tytonidae.

Foto do WikiAves
  
Distribuição Geográfica:
Amplamente encontrada em todos os continentes exceto em regiões muito frias. Ocorre em todo Brasil.

Ocorrências no WikiAves

Habitat: De hábitos noturnos, prefere presas vivas. Se perturbadas, balançam o corpo lateralmente. Amendrontadas e sem poder fugir, jogam-se de barriga para cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que lançam para frente.
Grito fortíssimo, “chraich” (“rasga-mortalha”), que emite freqüentemente durante o vôo. Quando se assusta durante o dia ou quando quer amedrontrar, bufa fortemente podendo estalar com o bico. Um roncar, igualzinho ao roncar do homem, emitido no período de acasalamento, entoado em dueto pelo casal, a fêmea responde nos intervalos que o macho intercala; semelhante roncar é proferido amiúde pelos filhotes que se traem assim no ninho. Um sibilar rítmico, emitido no lugar de dormida diária. Desafia uma seqüência de “tic-tic-tic…”, durante o vôo à noite. 
Reprodução: Põe de 4 a 7 ovos, que incubará durante uns 32 dias. Dentro de 50 dias os filhotes já estão aptos a voar. Normalmente, não se separam de seus pais até os 3 meses de vida.
Alimentação: É uma grande caçadora de ratos, sejam silvestres, sejam espécies introduzidas de fora das Américas. Como todas as corujas, ingere o alimento inteiro. No estômago, há a separação dos pêlos, ossos e outras partes não digeríveis, as quais formam pelotas, posteriormente regurgitadas em seu pouso tradicional. A análise dessas pelotas, indica o alimento ingerido pela espécie. Por esse método, descobriu-se no interior de São Paulo, que duas suindaras mudavam seu alimento conforme a época do ano. No período do inverno, cerca de 90% das pelotas era formada por restos de roedores e 7% de gafanhotos. Já no verão, o inverso. Além de insetos e roedores, apanha morcegos, pequenos marsupiais, anfíbios, répteis e aves.




Para saber mais: Coruja-de-igreja

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vira-pedras

O Vira-pedras (Arenaria interpres) é uma ave Charadriiforme da família Scolopacidae. Também conhecido como Maçarico-turco.

Características: Mede de 21 a 26 cm. e pesa de 84 a 190g. Cabeça, pescoço, garganta, e peito pretos e branco, com partes inferiores brancas nos adultos, e marrom no imaturo. Apresenta uma faixa branca na asa que lhe confere uma característica marcante e diagnóstica quando em vôo. Duas subespécies reconhecidas, sendo que a brasileira é Arenaria interpres morinella. Não apresenta dimorfismo sexual.



Distribuição Geográfica:
Arenaria interpres interpres: Nordeste do ártico canadense, Groenlândia, norte da Eurasia e noroeste do Alasca, inverna na Europa ocidental, Africa, sul da Asia, Australasia, ilhas do pacífico sul, e costa oeste da América do Norte;

Ocorrências no WikiAves

Habitat: Passa o inverno em costas rochosas e pedregosas, praias arenosas com plantas marinhas e recifes expostos. Relativamente manso, vive frequentemente em bandos.
Reprodução:  Procria em planícies costeiras pedregosas, declives e planos pantanosos, e tundra. Monógamo e solitário. Procria de maio a julho. Os ninhos são abertos ou escondidos em vegetação elevada. A ninhada contém dois a quatro ovos, incubação de 22 a 24 dias; deixa o ninho em 19 a 21 dias.
Alimentação: Cata insetos, crustáceos, moluscos, vermes, equinodermos, peixes, carne putrefata e algumas vezes ovos de aves. Revira pedras, conchas, e plantas marinhas com o bico, capturando presas deste modo expostas; empurra grande objetos com o peito.
Pode ser avistada nos meses de outubro até abril em toda a orla marítima do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, sendo sua maior concentração na barra da lagoa do peixe. No final de março é possível encontrar grandes bandos na beira da praia, reunidos para dar inicio a sua migração ao hemisfério norte.

Para saber mais:   Vira-pedras

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Tachã

A tachã é uma ave anseriforme da família Anhimidae. Também conhecido por Inhuma poca, Chajá, Anhuma do pantanal e Tachã do sul.

Características: De coloração pardo-acinzentada escura, com algumas manchas brancas, cabeçuda e topetuda. O pescoço é contornado por uma gola negra realçada por uma segunda penugem branca. A face superior da asa é negra, com grande área branca visível durante o vôo, a face inferior da asa é totalmente branca. Região perioftálmica, anel nu ao redor do pescoço (nem sempre visível), pernas são vermelhas. Não há dimorfismo sexual, as fêmeas são menores que os machos. As patas são curtas e fortes e os três dedos da frente estão unidos por uma membrana interdigital rudimentar. Altura média de 80 cm e peso em torno de 4kg. Grande habitante dos brejos, com formato e características únicas. O corpo, pernas e pés são enormes em relação à cabeça, pequena e com um penacho na nuca. Em vôo, mostra uma grande área branca sob a asa. Possui um esporão vermelho no cotovelo da asa, visível quando está pousada ou voando. Apesar do aspecto agressivo, não é usado como arma de ataque, servindo para comunicação entre as tachãs.
Destaca-se pelo chamado alto, feito por um indivíduo ou pelo casal, em dueto. Pode gritar a qualquer momento do dia, avisando sobre sua presença ou de intrusos, atraindo a raiva dos caçadores, ao espantar a presa. Esse chamado é mais grave no macho do que na fêmea, esta mais esganiçada, e é interpretado como dizendo “tachã” (“tarrã” no Rio Grande do Sul).


 Distribuição Geográfica: Ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Região Sul.
Ocorrências no WikiAves


Habitat: Forma grandes bandos para pernoitar nos banhados, ficando em pé na água rasa.
Reprodução:  É monogâmica e territorialista. Constrói um enorme ninho com junco ou vegetação aquática nos banhados. Coloca de 2 a 7 ovos, chocados durante cerca de 45 dias. Geralmente o macho passa mais tempo chocando os ovos, revezando com a fêmea quando precisar se alimentar mas nunca deixam o ninho sozinho. Os filhotes saem do ninho logo depois de nascerem ou no dia seguinte, cobertos com penugem semelhante a dos patinhos. Caminham com os pais, ficando imóveis e escondidos na vegetação ao primeiro grito de alerta. Os juvenis recebem os cuidados parentais de ambos os progenitores durante 3 a 4 meses. Os filhotes nascem com plumagem densa, marrom-amarelada. Por volta dos 5 meses completam a plumagem e podem voar.
Alimentação: Alimenta-se, principalmente, de folhas de plantas aquáticas, apanhadas enquanto caminha pelo brejo ou nas margens, assim como insetos e moluscos.

Pode ser avistada o ano inteiro no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, nos banhados da Trilha das Dunas, na Trilha do Talha-Mar e no Setor Chica ao sul do parque.



Para saber mais:   Tachã